Rezar de olhos fechados
Hoje foi-me dada a conhecer uma frase do primeiro 1º ministro e Presidente do Quénia, Jomo Kenyatta. Antes que me venham com a chamada da atenção, já sei que o senhor depois se transformou num daqueles líderes africanos incapazes de levantar as nádegas do banco do poder. Só que, tal como no entender dos católicos os atos de pedofilia de alguns padres em nada diminuem o valor das homilias de que estes proferem, também neste caso a atitude política deve ser afastada da análise histórica:
“Quando os Brancos chegaram a África, nós tínhamos terras e eles tinham a Bíblia. Eles ensinaram-nos a rezar com os olhos fechados: no momento em que abrimos os olhos, os Brancos tinham as terras e nós a Bíblia.”
Nonsense
Às vezes somos obrigados a ouvir conversas quer queiramos, quer não. Foi o que me aconteceu hoje no café… A conversa entre pai e filha foi a seguinte:
Filha: Então, pai, já tomou o comprimido?
Pai: Tomei… Tomei com o pequeno almoço.
Filha: E, então, já se sente melhor?
Pai: Já… Já me sinto bem!
Filha: Ah, graças a Deus!
Sem comentários!
Para relembrar o meu ateísmo
Hoje estou demasiado cansado para escrever sobre seja o que for. É pena porque até surgiram alguns motivos engraçados para falar de ateus e ateias, mas terá que ficar para amanhã, provavelmente.
Assim, deixo-vos com os links para uma série de artigos intitulados “Refletir o meu ateísmo” que, embora já tenham alguns anos, espelham ainda com bastante fidelidade a minha forma de estar no ateísmo:
- O que o meu ateísmo não implica
- As insuficiências do agnosticismo
- Promover uma laicidade pró-activa
- A desnecessidade de crer
- Sistemas amorais
A Marta continua na Nuno Gonçalves
Hoje foram anunciados os alunos que, transitando para o 7º ano de escolaridade, ficaram seleccionados para continuar a frequentar a Nuno Gonçalves, em Lisboa. A Marta, conforme previsto, faz parte dessa lista, o que deixou os papás todos babados, uma vez que o mérito é uma das principais razões a influenciar essa selecção.
Ultrapassadas as dúvidas pré-adolescentes de preferir ficar com uns colegas na mesma escola ou acompanhar alguns dos restantes para outra, lá se animou e iniciou os projectos para o próximo ano lectivo. Boa sorte, Martinha!
DsA 1 — A Religião como produto da Evolução (I)
Esta é a minha primeira resposta a algumas das participações deste primeiro debate a ocorrer no grupo do Facebook denominado Debates sobre Ateísmo. Optei por dar as respostas aqui no blog por uma questão de salvaguarda dos textos que escrevo.
Tentarei responder às participações do Jorge Capelo, Rui Rodrigues e Paulo Sanches.
O Jorge Capelo remete-nos para as estatísticas de uma forma simplicista e numa perspetiva de futurologia, como se as inevitabilidades que a estatística, no seu entender, nos reserva para o futuro não fossem válidas no passado. Segundo o Jorge Capelo, “um dia os liberais com poucos filhos extinguir-se-ão como classe e os conservadores religiosos serão a maioria”. Ora, se assim fosse, já não existirão existiriam ateus há muitas gerações; chego mesmo a equacionar se algumas vez teriam existido! Por outro lado, o Jorge Capelo esqueceu-se das estatísticas no que diz respeito à proporcionalidade entre vários outros aspetos, nomeadamente, número de filhos/qualidade de vida/esperança de vida/desenvolvimento económico. As estatísticas mais recentes, pelo menos nas sociedades ocidentais, não suportam a conclusão do Jorge Capelo. E ainda não tomámos em consideração o aspeto referido pelo Rui Rodrigues de que “haverão sempre conservadores com filhos progressistas”, nem um outro aspeto importantíssimo da evolução humana como é a promiscuidade genética.
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DsA 1 — A Religião como produto da Evolução
Fica lançado o primeiro tema para os Debates sobre Ateísmo (DsA): “A Religião como produto da Evolução”.
Até que ponto os sistemas de crenças mais ou menos organizadas trouxeram vantagens evolutivas aos indivíduos e ao colectivo das sociedades que os adoptaram? Estará esse processo esgotado? Ou teremos um “gene da religião” que condiciona as nossas opções? Onde termina a predisposição genética — se a houver — e começam os processos de endoculturação, no que diz respeito às opções religiosas de cada um? Que vantagens sócio-culturais são ainda possíveis de encontrar nas sociedades devido às religiões?
Boa participação e bom debate!
Debates sobre ateísmo
Em meados de 2007 tive oportunidade de promover alguns debates online sobre alguns aspetos do ateísmo. Na altura, a participação era estimulada essencialmente por alguns blogs que se dedicavam ao tema e cujos autores comentavam entre si nas respetivas caixas de comentários. Mesmo assim, aconteceram debates muito interessantes e, curiosamente, um dos debates contribuiu de alguma forma para um abandono do cristianismo em relação ao ateísmo. Registo esse facto apenas como mera curiosidade.
Ultimamente, com o domínio avassalador das redes sociais, muita da ação está a passar para aqueles meios. Contudo, os conteúdos ganham uma tendência para a superficialidade, talvez adquirindo energia nos aspetos mais fúteis das redes sociais. Não tem que ser assim!
A ideia base por detrás destes debates sobre ateísmo é conseguir criar uma rede de pessoas que, quer através do Facebook, quer através dos seus blogs pessoais, debatam temas que são lançados para a discussão regularmente. As participações poderão depois ser debatidas/comentadas por todos os utilizadores da página no Facebook ou pelos visitantes de cada um dos respetivos blogs.
Fica lançado o isco… O grupo onde tudo irá estar centralizado denomina-se “Debates sobre Ateísmo” e é um grupo aberto, o que significa que qualquer pessoa pode aderir.
Está bonitinho!
O blog ficou bonitinho, não acham?
Jim Morrison, 40 anos depois
Lembrou-me a minha irmã através do Facebook que hoje se celebram 40 anos sobre a morte de Jim Morrison. Embora nunca tenha sido um dos meus ídolos de juventude, Morrison foi a continuidade do processo iniciado anteriormente com Bob Dylan mas, desta vez, envolto em rock, um rock descarado, provocador, perverso e de confronto que não se fechava na beleza da poesia. Suportava-se na sua amargura e revolta e gritava com força e com candura as dúvidas, as objeções, as ansiedades de uma geração.
Poucos com tais atributos terão vivido numa época tão propícia ao desafio e à batalha que a arte permite. Poucos, em qualquer época, terão tido a arte de se atirarem para a frente em busca das resposta que uma geração procurava. Jim Morrison foi um deles. Músico, cantor, poeta… Nunca foi um ídolo, mas era um dos verdadeiros, daqueles que se construiu a si próprio sem esperar que outros o construíssem.
Integração do blog com Facebook e Twitter
Nota: Após testar as funcionalidades apresentadas neste artigo, tive que chegar à conclusão que a integração de comentários ainda causava mais problemas do que resolvia. Assim, lamento informar que optei por abdicar da integração dos comentários.
Até ontem, a integração automática deste blog com as aplicações sociais Facebook e Twitter era assegurada pelo registo do blog nos Networked Blogs que, posteriormente, fazia a distribuição dos conteúdos para ambos os ambientes sociais.
Em relação ao Twitter, esta solução era suficiente. Pouco depois de um artigo ser publicado aqui no blog aparecia o seu título e o respetivo link no meu mural do Twitter e todos (os poucos) que me seguem por lá podiam ver essa notificação. Nada de muito complicado e, se excluirmos o pequeno problema de não ser uma ação imediata, podemos afirmar que a solução era perfeita.