Querem-te justa, os incautos
Querem-te boa, os sonhadores
Mas quantos te querem apenas,
Sem a presunção arrogante de que te terão
Para lá do agora…
Enquanto contas em sequências finitas o Sol e a Lua,
Transformas a carne,
Reduzindo o seu veludo a mero fedor
E transformas o sonho,
Elevando aos céus a obra e o autor
Sejas sangue, espasmo ou poema
Sê diversa e irreverente
E impõe-te pela força e certeza
Da óbvia probabilidade
Que ganharás sempre o mundo
Mesmo perdendo o Homem
Ou que ele te perca num porvir desinspirado
2013/12/04