Recentemente, no Que Treta!, o Ludwig Krippahl tem abordado a questão dos direitos de autor, debatendo a postura das editoras relativamente aos downloads ilegais e também a execução através da Passmúsica da cobrança dos chamados direitos conexos.
Este artigo no Diário Económico faz alguma luz sobre o porquê dos músicos se estarem, na maior parte das vezes, a borrifarem para estas questões. Mais, já não é novidade que músicos em princípio de carreira ganham mais em produzirem eles próprios os seus trabalhos e recorrerem a editoras e distribuidoras independentes, apostando nas receitas dos concertos ao vivo. E aí, a divulgação gratuíta na net é a melhor ferramenta de promoção do seu trabalho.
Na era da distribuição de conteúdos digitais ao alcance de um clique, que sentido faz que as grandes empresas discográficas se queiram deixar ficar agarradas a modelos que eram funcionais há 30 ou 40 anos?
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Quando comecarem a ficar MESMO apertadas as editoras mudam.…acredita, mas por enquanto os donos andam em carros de 100.000eur, por isso ainda não estao muito importados.
Gostava ainda de acrescentar que aqui há uns anos atrás estive ligeiramente ligado à produção de conteúdos áudio para multimedia e, uma vez que disponhamos dos meios técnicos, tentamos entrar no mercado da produção musical. Apercebi-me, então, que as coisas funcionam mais ou menos assim em termos de percentagens sobre sobre o preço de venda ao público:
Produtora — 30%
Distribuidora — 30%
Ponto de Venda — 30 %
Os restantes 10% servem para pagar os custos de produção, design, embalagem, etc. Se sobrar alguma coisa vai para os músicos. Esta era a realidade há 8/9 anos atrás. Fantástico, não é?
A grande vantagem hoje, é que o músico já consegue chegar ao público passando por cima da produtora, distribuidora e do ponto de venda, o problema surge quando quer realizar dinheiro. Se quiser tem sempre de repartir com um manager para poder entrar num concerto.